Estudo foi premiado em Encontro Brasileiro
de Motricidade Orofacial
Pesquisadores da Universidade do Vale do
Itajaí (Univali), Santa Catarina, analisaram
os hábitos orais de sucção não nutritiva em crianças portadoras de fissura
labiopalatina. Mais da metade das crianças estudadas demonstraram a necessidade
de sugar, tanto no aspecto nutricional quanto para assegurar conforto e
satisfação pelo prazer que a sucção oferece.
De acordo com Marileda Cattelan Tomé, doutora em Ciências da
Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação e coordenadora da pesquisa, a
investigação foi motivada pela inexistência de estudos sobre a temática, sendo
que até então, supunha-se que os hábitos orais de crianças com fissura
labiopalatina, pelas alterações anatômicas que apresentam na boca, não fossem
frequentes se comparados à população infantil geral.
O hábito de sucção digital (chupar o dedo) foi o mais frequente.
Os pesquisadores entrevistaram 183 mães de crianças portadoras de fissuras
labiais e palatinas, com idade entre 0 e 24 meses.
“O reflexo de sucção pode se tornar um hábito do recém-nascido,
especialmente quando a criança deixa de sugar para se nutrir e, em busca de
satisfação, passa a levar tudo na boca”, explica Marileda Tomé.
O estudo, que recebeu o primeiro lugar do Prêmio Irene Queiroz
Marchesan, durante o 5º Encontro Brasileiro de Motricidade Orofacial, é inédito
na área, e comprova que crianças com fissuras labiais e palatinas não diferem
das demais, vivenciando a fase oral, como todos os demais estágios do
desenvolvimento.
Ana Paula Bazi
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